quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Minha reflexão de hoje é sobre um assunto pelo qual acredito ser um grande marco na Educação, pois por mais que se discuta práticas pedagógicas, se não partirmos do princípio que é extremamente necessário que se faça um "diagnóstico" no público que estamos a trabalhar, não poderemos obter êxito, uma vez que é importante saber: o que se quer saber. E dentro desse contexto poder refletir como trazer "o que se quer saber" inserido no que é importante ser agregado. A CURIOSIDADE é o fato em questão, se consigo prendê-la de forma opcional, terei resultados positivos. Trabalhar está prática requer um "olhar atento no outro", é preciso selecionar aspectos relevantes de seu contexto histórico. Na minha concepção, já no séc XIX Freud já construía esta ideia a partir de suas teorias sobre o estudo da sexualidade infantil, tais fatores refletimos na Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I. Saliento minha postagem do dia 22/10/2015:
A teoria freudiana em relação à sexualidade infantil, apesar de provocar repulsa em muitos indíviduos, tanto no séc XIX, quanto ainda vem a provocar no séc. XXI, por ser um tema polêmico e de uma densidade que necessita entrar nos saberes da psicologia e ter uma análise mais científica para entender sua amplitude e profundidade. É curioso analisar que Freud faz uma reconstrução da sexualidade através da teoria que defende, Convém citar Kupfer (1989) que em sua teoria com base na percpectiva freudiana diz: " Freud pensou com a sua mente e com o seu desejo. E ao transmitir sua teoria cunhada nessa preciosa liga do pensar com o desejar, transformou-se num mestre extremamente eficiente.” É exatamente esse ponto que define a aprendizagem: você deseja saber, então você irá pensar a respeito, tudo se resume a isso em minha análise do tema em debate, que a CURIOSIDADE promove o saber. Por isso para criança a troca de conhecimento com o mundo que a cerca é fundamental, a partir daí terá sua construção e análise daquilo que provoca seu desejo em querer aprender... Isso se dá de forma constante e involuntária, não é por que ela quer, mas sim, porque o seu instinto de curiosidade é despertado, e só depois é que ela passa a querer e por si só vai em busca desse saber. E logo começa a apresentá-los, dependendo do seu estágio, com questionamentos, atitudes, olhares, entre outros tantos...Num primeiro momento, apenas por ser novidade. Então, o desejo na criança a acompanha sempre, ela pode ser estimulada, repreendida ou apenas acompanhada. Tudo depende do meio que está inserida. (KUPFER, 1989, p.39)  ainda salienta:

A experiência com pacientes histéricas levou Freud a uma interrogação: por que razão a maioria de suas pacientes se referia a uma experiência de sedução atribuída a um adulto, que teria ocorrido em algum momento da infância da paciente? A princípio, podia-se pensar – e Freud pensou – que se tratava de experiências reais. Mas a quantidade e a intensidade das referidas experiências fizeram-no desconfiar de que se tratava, na verdade, de fantasias. Ora, se eram fantasias, então havia algo, na experiência infantil, responsável pela emergência de tais fantasias, alguma coisa, obviamente, de natureza sexual – afinal, são relatos de experiências de sedução. A tese de que a sexualidade humana só se constitui no decorrer da puberdade, ocasião em que os organismos se tornam aptos para procriar, devia, portanto, ser revista. (KUPFER, 1989, p.39).

O fato é que desde o nascimento: o ser humano passa por um processo de descobertas e tudo que a partir dali for apresentado a ele irá refletir no seu desenvolvimento. A CURIOSIDADE é o fator mais importante no processo de ensino-aprendizagem. Tudo que nesse aspecto for gerado; terá um resultado satisfatório, dependerá da forma como este processo se iniciará: deixo um vídeo que contribuirá e muito para com esta reflexão: do professor Rubem Alves, sobre o "papel do professor"
Assista clicando aqui








Acesse também meu blogger com minhas poesias:http://www.pensopoemalustepanski.blogspot.com.br/

















 Curso de Graduação em Pedagogia – Modalidade Ensino à Distância
Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I 
Professoras: Ana Maria de Barros Petersen; Luciane Magalhães Corte Real e Tania Beatriz Iwaszko Marques
Tutores: Clarissa Hass; Micheli Wink e Percio Schimitz 

2 comentários:

  1. Olá, Luciane, com satisfação que leio tua análise e percebo que os conhecimentos produzidos na interdisciplina de Psicologia suscitaram a tua curiosidade e desejo de saber mais. Tens razão ao afirmar que a curiosidade faz parte de nossa ontogenia humana, todavia, é um processo que pode ser mediado e construído socialmente. Aí, reside o X da questão a respeito dos processos de aprendizagem. Gostei da "conexão" que estabelece entre Freud na releitura de Kupfer e Rubem Alves. Um abraço. Tutora Clarissa.

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  2. A satisfação é minha ao ler seu comentário professora Clarissa! Concordo plenamente e acho extremamente importante o que salientas: "a curiosidade é um processo que pode ser mediado e construído socialmente" Acredito ser essa uma grande e desafiadora tarefa para todo e qualquer educador! Um abração e obrigada por passares por aqui.

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