sexta-feira, 27 de abril de 2018

CIBERCULTURA - influência tecnológica


 Cibercultura é uma forma de comunicação em massa onde as informações chegam extremamente rápidas, bastando estar conectado(a) à internet. A Cibercultura é a cultura que surgiu com a rede de computadores e suportes tecnológicos por meio da comunicação virtual, onde ela é responsável por colocar o ser humano em contato com infinitas informações. Nela é preciso escolher, selecionar e filtrar as informações para organizá-las em grupos e comunidades onde seja viável trocar ideias, compartilhar interesses assim criando uma inteligência coletiva, segundo Lévy (1999).
Esta aprendizagem proporciona discussões; diversas reflexões através de diferentes formas de interpretação, possibilitando uma posição mais autônoma e crítica em relação ao conhecimento compartilhado. A investigação mediada pelas tecnologias disponibiliza aos utilizadores, de forma imediata informações (documentos de pesquisa), quer os ensaios que proporcionam a "observação diferida", a "construção reflexiva", a "construção guiada do conhecimento", a "ensino experiencial". Cabendo ao pesquisador investigar a fonte e trazer diversas opiniões que a sustentem, bem como evidências que a relacionem.
Para Aristóteles, existe um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos as bases sólidas para empreender investigações filosóficas. São o deslumbramento e a inquietação decorrentes da experiência do mundo que nos faz refletir e filosofar para o entender.
Segundo Ribeiro (2014) o reconhecimento de saberes profissionais constitui uma abertura do ensino superior à sociedade e considera a Universidade e suas tradicionais funções de investigação e formação e extensão (intervenção/ação sobre a realidade) como força dinâmica de transformação social e cultural e de inovação baseado no conhecimento e na criatividade. As estas ideias associam-se os conceitos de empregabilidade e de desenvolvimento de competências. Entenda-se por empregabilidade segundo o autor, a capacidade de manter-se no emprego num contexto socioeconômico, refletido em sua capacidade de adaptação às mudanças, espírito inovador e crítico, bem como adaptação aos recursos e meios tecnológicos, que o mercado exige de forma constante.
No entanto, os recursos midiáticos também necessitam de cautela e habilidade para não ser atraído de forma manipulada, como é o que vem acontecendo com as crianças. Segundo Melo (2014), dentre   as   novas   estratégias   do   marketing   direcionadas   para   as   crianças, especificamente às que utilizam os dispositivos móveis, inclui-se três: Meios   de   Monetização; permissão de usuário e intencionalidade educativa.  Os meios de monetização consistem em   profissionais   de   marketing   e   desenvolvedores   de aplicativos móveis desenvolver métodos para embutir nos  aplicativos  (gratuitos  e pagos)  mensagens  comerciais  da  própria  empresa,  de patrocinadores  ou  de  terceiros, fazendo assim propagandas no meio dos jogos direcionado às crianças.
Já na estratégia intencionalidade educativa, a ideia é atingir os pais das crianças, convencendo que nos jogos interativos, além de diversão a criança irá desenvolver outras habilidades tanto cognitivas, quanto do desenvolvimento.
Portanto, a importância de saber selecionar os jogos para as crianças é algo que passa cada vez mais desapercebido pelos adultos e muitas vezes por seus educadores. É necessário uma investigação nos objetivos e um olhar mais minucioso nas intenções midiáticas, pois muitos deles têm o apoio das propagandas em benefícios próprios. Assim como devemos pesquisar sobre as notas que saem na mídia antes de sua divulgação, também refletir além de suas apresentações, pois os recursos de convencimento são infinitos. Analisar os pós e os contras de toda esta revolução tecnológica que nos cerca passou a ser uma missão para conseguir usufruir de forma saudável com qualidade e benéfica.

Referências:

AXT, Margarete . A Escola frente às tecnologias - pensando a concepção ético-política.. Caderno Temático SMED: Multimeios e Informática Educativa, Porto Alegre, p. 35-38, 2002;
LÉVY,   Pierre. Cybercultura; tradução de Carlos Irineu da Costa.— São Paulo: Ed. 34, 1999 264 p. (Coleção TRANS);
MELO, R. S.; NEVES, B. G. B.; MACHADO, A. F. Crianças Mobile: tecnologias móveis e as novas estratégias de marketing infantil. Revista Anagrama (USP). Ano 8. Ed.2. jul-dez. 2014. p. 1-16. In https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/82426/85412;
Prigogine, I. e Stengers, I, A nova aliança; metamorfose da Ciência. Brasília, UnB, 1997.
RIBEIRO, José da Silva, O estudante de EAD em contexto de mudanças- Faculdade de Artes Visuais – Universidade Federal de Goiás. Nov. 2014, disponível em https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2348919/mod_resource/content/1/leitura%20de%20RIBEIRO-%20O%20estudante%20de%20EaD...pdf acesso dia 21 de Abril de 2018;
Vídeo de Pierre Levy- Vantagens da EaD, disponível em https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51775, acesso 22 de Abril de 2018.



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