“Uma das competências do aluno EaD é a proatividade. A outra é a
colaboração/cooperação.”
A cultura é algo muito debatido no texto “A escola frente as tecnologias:
pensando a concepção ético- política” Axt (2002) faz grandes reflexões através
de suas pesquisas entre elas, destaca o conceito de cultura afinados
a essa ótica trás o pensamento de Prigogine e Stengers (1997) que em 1984, diz
ser a própria Ciência parte da Cultura, tanto afetando-a como sendo afetada por
ela. Morin (2000) acrescentará que, como sociedade, somos, cada um, uma pequena
parte de um todo social, enquanto, ao mesmo tempo, o todo está dentro de nós;
em outras palavras, se produzimos a sociedade, ela por sua vez nos produz.
O conceito de cultura segundo AXT(2002) é bem claro e articula as ideias anteriores:
Diremos,
em conseqüência, que ciência, tecnologia, arte, educação, sendo produtos
produzidos pela sociedade, fazem parte do complexo conjunto cultural,
incidindo, enquanto produto, sobre o conjunto concreto ou virtual dos seus
produtores, e isso independentemente da possibilidade, ou não, de acesso, de
determinado segmento, a esses produtos, uma vez que todos os segmentos são partes
constituintes da totalidade cultural e por ela são afetados. Em síntese,
produtos culturais não podem ser estudados fora do contexto total da cultura,
introduzindo e encarnando, enquanto suportes materiais da mesma, novos sentidos
e reestruturações nas concepções de sentido vigentes.
Estamos inseridos no
meio cultural que nos impulsiona a relacionar-se com tudo que nos cerca como a
autora Axt (2002) nos propõe refletir, não há como não pensar em cultura, sem
estudar todas as formas de comunicação, pois esta relação nos permeia de
significados para novos conhecimentos e influência diretamente em nosso modo de
pensar; de agir e até mesmo fazer nas tomadas de decisões, contudo não podemos
deixar de levar em consideração todos os aspectos que vivenciamos no nosso dia
a dia como cultura, mesmo àqueles que não estão em nosso acesso, nos atinge de
certa forma, porque estão relacionados com o mundo em que estamos conectados.
Em relação à produção tecnológica, entre outros autores, a
autora cita tal conceito na visão de Herbert Simon (1973):
[...]
de um duplo ponto de vista: de um lado, tecnologia é todo meio ou instrumento
cognitivo que, de maneira direta ou indireta, contribui para que ocorram
mudanças de ardem material (por exemplo, um conjunto de instruções escritas, na
forma de um software, que é capaz de comandar um robot; ou um texto escrito,
como os de Aristóteles ou Platão, que as grandes distâncias espaço-temporais
podem ter efeitos sobre um leitor); • por outro lado, tecnologia é ela própria
sempre conhecimento, é resultado do pensamento, o qual retroage sobre si,
provocando mudanças em si, através da manipulação dos próprios artefatos
tecnológicos produzidos. Assim, por exemplo, podem ser consideradas tecnologias
transformadoras, tanto a escrita artesanal, quanto sua versão automatizada, a
imprensa.
A aprendizagem através
dos meios tecnológicos, embora não se tenha abandonado o recurso à
autoaprendizagem individual, abriu-se assim também a possibilidade da aprendizagem colaborativa, que segundo Ribeiro (2014) este paradigma emergente
redefine o papel do professor, da autoridade do saber, do papel da
investigação. Sobretudo reconfigura quer o processo de aprendizagem e de
comunicação, quer os papéis do professor e do aluno. Estudantes e Professores
interagem em um ambiente online de aprendizagem suportado por software
especificamente desenhado para objetivos educativos.
Referências
AXT, Margarete . A Escola frente às tecnologias - pensando a
concepção ético-política.. Caderno Temático SMED: Multimeios e Informática
Educativa, Porto Alegre, p. 35-38, 2002;
LÉVY, Pierre. Cybercultura;
tradução de Carlos Irineu da Costa.— São Paulo: Ed. 34, 1999 264 p. (Coleção
TRANS);
MELO, R. S.; NEVES, B.
G. B.; MACHADO, A. F. Crianças Mobile:
tecnologias móveis e as novas estratégias de marketing infantil. Revista
Anagrama (USP). Ano 8. Ed.2. jul-dez. 2014. p. 1-16. In
https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/82426/85412;
Prigogine, I. e
Stengers, I, A nova aliança; metamorfose
da Ciência. Brasília, UnB, 1997.
RIBEIRO, José da Silva,
O estudante de EAD em contexto de
mudanças- Faculdade de Artes Visuais – Universidade Federal de Goiás. Nov.
2014, disponível em
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2348919/mod_resource/content/1/leitura%20de%20RIBEIRO-%20O%20estudante%20de%20EaD...pdf
acesso dia 21 de Abril de 2018;
Vídeo de Pierre Levy-
Vantagens da EaD, disponível em https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51775,
acesso 22 de Abril de 2018.
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