segunda-feira, 16 de abril de 2018

Aprendizagem colaborativa- Cultural



“Uma das competências do aluno EaD é a proatividade. A outra é a colaboração/cooperação.”

A cultura é algo muito debatido no texto “A escola frente as tecnologias: pensando a concepção ético- política” Axt (2002) faz grandes reflexões através de suas pesquisas entre elas, destaca o conceito de cultura afinados a essa ótica trás o pensamento de Prigogine e Stengers (1997) que em 1984, diz ser a própria Ciência parte da Cultura, tanto afetando-a como sendo afetada por ela. Morin (2000) acrescentará que, como sociedade, somos, cada um, uma pequena parte de um todo social, enquanto, ao mesmo tempo, o todo está dentro de nós; em outras palavras, se produzimos a sociedade, ela por sua vez nos produz.
O conceito de cultura segundo AXT(2002) é bem claro e articula as ideias anteriores:
Diremos, em conseqüência, que ciência, tecnologia, arte, educação, sendo produtos produzidos pela sociedade, fazem parte do complexo conjunto cultural, incidindo, enquanto produto, sobre o conjunto concreto ou virtual dos seus produtores, e isso independentemente da possibilidade, ou não, de acesso, de determinado segmento, a esses produtos, uma vez que todos os segmentos são partes constituintes da totalidade cultural e por ela são afetados. Em síntese, produtos culturais não podem ser estudados fora do contexto total da cultura, introduzindo e encarnando, enquanto suportes materiais da mesma, novos sentidos e reestruturações nas concepções de sentido vigentes.

Estamos inseridos no meio cultural que nos impulsiona a relacionar-se com tudo que nos cerca como a autora Axt (2002) nos propõe refletir, não há como não pensar em cultura, sem estudar todas as formas de comunicação, pois esta relação nos permeia de significados para novos conhecimentos e influência diretamente em nosso modo de pensar; de agir e até mesmo fazer nas tomadas de decisões, contudo não podemos deixar de levar em consideração todos os aspectos que vivenciamos no nosso dia a dia como cultura, mesmo àqueles que não estão em nosso acesso, nos atinge de certa forma, porque estão relacionados com o mundo em que estamos conectados.
Em relação à produção tecnológica, entre outros autores,  a autora cita tal conceito na visão de Herbert Simon (1973):
[...] de um duplo ponto de vista: de um lado, tecnologia é todo meio ou instrumento cognitivo que, de maneira direta ou indireta, contribui para que ocorram mudanças de ardem material (por exemplo, um conjunto de instruções escritas, na forma de um software, que é capaz de comandar um robot; ou um texto escrito, como os de Aristóteles ou Platão, que as grandes distâncias espaço-temporais podem ter efeitos sobre um leitor); • por outro lado, tecnologia é ela própria sempre conhecimento, é resultado do pensamento, o qual retroage sobre si, provocando mudanças em si, através da manipulação dos próprios artefatos tecnológicos produzidos. Assim, por exemplo, podem ser consideradas tecnologias transformadoras, tanto a escrita artesanal, quanto sua versão automatizada, a imprensa.

A aprendizagem através dos meios tecnológicos, embora não se tenha abandonado o recurso à autoaprendizagem individual, abriu-se assim também a possibilidade da aprendizagem colaborativa, que segundo Ribeiro (2014) este paradigma emergente redefine o papel do professor, da autoridade do saber, do papel da investigação. Sobretudo reconfigura quer o processo de aprendizagem e de comunicação, quer os papéis do professor e do aluno. Estudantes e Professores interagem em um ambiente online de aprendizagem suportado por software especificamente desenhado para objetivos educativos.
Referências


AXT, Margarete . A Escola frente às tecnologias - pensando a concepção ético-política.. Caderno Temático SMED: Multimeios e Informática Educativa, Porto Alegre, p. 35-38, 2002;
LÉVY,   Pierre. Cybercultura; tradução de Carlos Irineu da Costa.— São Paulo: Ed. 34, 1999 264 p. (Coleção TRANS);
MELO, R. S.; NEVES, B. G. B.; MACHADO, A. F. Crianças Mobile: tecnologias móveis e as novas estratégias de marketing infantil. Revista Anagrama (USP). Ano 8. Ed.2. jul-dez. 2014. p. 1-16. In https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/82426/85412;
Prigogine, I. e Stengers, I, A nova aliança; metamorfose da Ciência. Brasília, UnB, 1997.
RIBEIRO, José da Silva, O estudante de EAD em contexto de mudanças- Faculdade de Artes Visuais – Universidade Federal de Goiás. Nov. 2014, disponível em https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2348919/mod_resource/content/1/leitura%20de%20RIBEIRO-%20O%20estudante%20de%20EaD...pdf acesso dia 21 de Abril de 2018;
Vídeo de Pierre Levy- Vantagens da EaD, disponível em https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51775, acesso 22 de Abril de 2018.



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