Cibercultura é uma
forma de comunicação em massa onde as informações chegam extremamente rápidas,
bastando estar conectado(a) à internet. A Cibercultura é a cultura que surgiu
com a rede de computadores e suportes tecnológicos por meio da comunicação
virtual, onde ela é responsável por colocar o ser humano em contato com
infinitas informações. Nela é preciso escolher, selecionar e filtrar as
informações para organizá-las em grupos e comunidades onde seja viável trocar
ideias, compartilhar interesses assim criando uma inteligência coletiva,
segundo Lévy (1999).
Esta aprendizagem
proporciona discussões; diversas reflexões através de diferentes formas de
interpretação, possibilitando uma posição mais autônoma e crítica em relação ao
conhecimento compartilhado. A investigação mediada pelas tecnologias disponibiliza
aos utilizadores, de forma imediata informações (documentos de pesquisa), quer
os ensaios que proporcionam a "observação diferida", a
"construção reflexiva", a "construção guiada do
conhecimento", a "ensino experiencial". Cabendo ao pesquisador
investigar a fonte e trazer diversas opiniões que a sustentem, bem como
evidências que a relacionem.
Para Aristóteles,
existe um único mundo: este em que vivemos. Só nele encontramos as bases
sólidas para empreender investigações filosóficas. São o deslumbramento e a
inquietação decorrentes da experiência do mundo que nos faz refletir e
filosofar para o entender.
Segundo Ribeiro (2014)
o reconhecimento de saberes profissionais constitui uma abertura do ensino
superior à sociedade e considera a Universidade e suas tradicionais funções de
investigação e formação e extensão (intervenção/ação sobre a realidade) como
força dinâmica de transformação social e cultural e de inovação baseado no
conhecimento e na criatividade. As estas ideias associam-se os conceitos de
empregabilidade e de desenvolvimento de competências. Entenda-se por
empregabilidade segundo o autor, a capacidade de manter-se no emprego num
contexto socioeconômico, refletido em sua capacidade de adaptação às mudanças,
espírito inovador e crítico, bem como adaptação aos recursos e meios
tecnológicos, que o mercado exige de forma constante.
No entanto, os recursos
midiáticos também necessitam de cautela e habilidade para não ser atraído de
forma manipulada, como é o que vem acontecendo com as crianças. Segundo Melo
(2014), dentre as novas
estratégias do marketing
direcionadas para as
crianças, especificamente às que utilizam os dispositivos móveis, inclui-se
três: Meios de Monetização; permissão de usuário e
intencionalidade educativa. Os meios de monetização consistem em profissionais de
marketing e desenvolvedores de aplicativos móveis desenvolver métodos
para embutir nos aplicativos (gratuitos
e pagos) mensagens comerciais
da própria empresa,
de patrocinadores ou de terceiros, fazendo assim propagandas no meio
dos jogos direcionado às crianças.
Já na estratégia
intencionalidade educativa, a ideia é atingir os pais das crianças, convencendo
que nos jogos interativos, além de diversão a criança irá desenvolver outras habilidades
tanto cognitivas, quanto do desenvolvimento.
Portanto, a importância
de saber selecionar os jogos para as crianças é algo que passa cada vez mais
desapercebido pelos adultos e muitas vezes por seus educadores. É necessário
uma investigação nos objetivos e um olhar mais minucioso nas intenções
midiáticas, pois muitos deles têm o apoio das propagandas em benefícios
próprios. Assim como devemos pesquisar sobre as notas que saem na mídia antes
de sua divulgação, também refletir além de suas apresentações, pois os recursos
de convencimento são infinitos. Analisar os pós e os contras de toda esta
revolução tecnológica que nos cerca passou a ser uma missão para conseguir
usufruir de forma saudável com qualidade e benéfica.
Referências:
AXT, Margarete . A Escola frente às tecnologias - pensando a
concepção ético-política.. Caderno Temático SMED: Multimeios e Informática
Educativa, Porto Alegre, p. 35-38, 2002;
LÉVY, Pierre. Cybercultura;
tradução de Carlos Irineu da Costa.— São Paulo: Ed. 34, 1999 264 p. (Coleção
TRANS);
MELO, R. S.; NEVES, B.
G. B.; MACHADO, A. F. Crianças Mobile:
tecnologias móveis e as novas estratégias de marketing infantil. Revista
Anagrama (USP). Ano 8. Ed.2. jul-dez. 2014. p. 1-16. In
https://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/82426/85412;
Prigogine, I. e
Stengers, I, A nova aliança; metamorfose
da Ciência. Brasília, UnB, 1997.
RIBEIRO, José da Silva,
O estudante de EAD em contexto de
mudanças- Faculdade de Artes Visuais – Universidade Federal de Goiás. Nov.
2014, disponível em
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2348919/mod_resource/content/1/leitura%20de%20RIBEIRO-%20O%20estudante%20de%20EaD...pdf
acesso dia 21 de Abril de 2018;
Vídeo de Pierre Levy-
Vantagens da EaD, disponível em https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=51775,
acesso 22 de Abril de 2018.