Refletindo com Bauman
Ao assistir a entrevista do sociólogo e também professor Zygmundo Bauman sobre
‘‘ A fluidez do ‘mundo líquido’ do Zygmundo Bauman” proporcionada pela
Interdisciplina— Organização e Gestão da Educação. Entrevista esta concedida pelo sociólogo polonês Bauman ao jornalista Marcelo Lins, para o programa Milênio fiz algumas reflexões sobre a situação em que o Brasil se encontra, certamente me foi possível tais pensamentos após ouvir a entrevista minuciosa de Bauman. Ele fala sobre poder, na questão de ser algo perigoso, certamente a de se pensar que àquele que tem poder, gerencia, administra os que estão no círculo desta dependência, porque há necessidade de regras e organização nas etapas da vida e de um desenvolvimento sólido, por conseguinte vivemos num mundo líquido, no sentido de as coisas escaparem, diluírem-se e além de tudo ficarem fragmentadas.
A maior preocupação do sociólogo é sobre acharmos o caminho, a solução para que este estado de dissolução possa transformar-se em algo concreto, inovador. As esperanças de hoje, não são tão lógicas e exatas como as do passado, que mesmo com toda dor e repressão se tinha no que acreditar, se sabia os caminhos a seguir. Porque sabia-se os valores, conhecia-se uma maneira de administrar o conhecimento adquirido, para tanto havia absorção.
E hoje em dia, tantas informações e num estado doentio, que nos faz incapazes de dar conta de infinitas possibilidades, acabamos sendo atacados por nossas próprias dificuldades. Como bem citas Bauman ao falar sobre o pensamento do grande biólogo E.O. Wilson: “Estamos nos afogando em informações e famintos por sabedoria.”
Queremos, mas não temos foco e por isso acabamos como em um labirinto procurando a saída
segundo, Bauman não temos tempo de transformar e reciclar fragmentos de informações variadas numa visão, em algo que podemos chamar de sabedoria. A sabedoria nos mostra como prosseguir. Como o grande filósofo Ludwig Wittgenstein dizia: “Compreender é saber como seguir adiante.” E é isso que estamos perdendo. Não sabemos como prosseguir.
O maior problema do país e não estar orientado de forma suficiente para saber encontrar o caminho que terá a saída correta, que trará de volta a esperança que no séc XX existia, mesmo com toda a turbulência e escassez que se vivia. Atualmente, os recursos são maiores, no entanto as ferramentas são utilizadas de forma desproporcional. se não há uma igualdade não se equilibra uma balança, e assim está o país desigual e tentando equilibrar-se.
E nós brasileiros o que estamos fazendo para que esta finalidade mude seu estado de liquidez? Criticamos uns aos outros, mas aceitamos o desproporcional, mesmo que de forma inconsciente. Precisamos estar dispostos a refletir sobre toda problemática que o séc. XXI vem sofrendo, e assumirmos primeiramente nossa parcela e participação nesta falta de conscientização.
O vídeo da entrevista do jornalista Marcelo Lins com o sociólogo Zygmundo Bauman
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