domingo, 30 de abril de 2017

Será que somos os alunos que gostaríamos de ter?

Será que somos os alunos que gostaríamos de ter em sala de aula?
Já parou para analisar e refletir sobre este tema.
Concluo todas minhas tarefas no prazo?
Eu respeito quando meus colegas estão apresentando um trabalho?
Meu celular está sempre no local correto e de forma correta durante as aulas?
Eu reclamo que meus professores passam muitas atividades?

Pois é... Já me fiz estes questionamentos, analisei minha postura como aluna. Se quero uma sala de aula em que os alunos participam e sabem respeitar os colegas e professores, no mínimo devo ser exemplo. Não é mesmo? Ou me esforçar para isto. Se meus alunos assistissem como sou em sala de aula, será que ficariam orgulhosos!? Ou diriam: "Você cobra de nós, mas faz igual."

- Ser professor é ser aluno sempre! E dependendo do perfil de aluno que resolvo ser, certamente irá refletir na minha postura pedagógica.

domingo, 23 de abril de 2017

‘‘ A fluidez do ‘mundo líquido’ do Zygmundo Bauman”

Refletindo com Bauman

Ao assistir a entrevista do sociólogo e também professor  Zygmundo Bauman sobre

‘‘ A fluidez do ‘mundo líquido’ do Zygmundo Bauman” proporcionada pela 

Interdisciplina— Organização e Gestão da Educação. Entrevista esta concedida pelo sociólogo polonês Bauman ao jornalista Marcelo Lins, para o programa Milênio fiz algumas reflexões sobre a situação em que o Brasil se encontra, certamente me foi possível tais pensamentos após ouvir a entrevista minuciosa de Bauman. Ele fala sobre poder, na questão de ser algo perigoso, certamente a de se pensar que àquele que tem poder, gerencia, administra os que estão no círculo desta dependência, porque há necessidade de regras e organização nas etapas da vida e de um desenvolvimento sólido, por conseguinte vivemos num mundo líquido, no sentido de as coisas escaparem, diluírem-se e além de tudo ficarem fragmentadas.
A maior preocupação do sociólogo é sobre acharmos o caminho, a solução para que este estado de dissolução possa transformar-se em algo concreto, inovador. As esperanças de hoje, não são tão lógicas e exatas como as do passado, que mesmo com toda dor e repressão se tinha no que acreditar, se sabia os caminhos a seguir. Porque sabia-se os valores, conhecia-se uma maneira de administrar o conhecimento adquirido, para tanto havia absorção.

E hoje em dia, tantas informações e num estado doentio, que nos faz incapazes de dar conta de infinitas possibilidades, acabamos sendo atacados por nossas próprias dificuldades. Como bem citas Bauman ao falar sobre o pensamento do grande biólogo E.O. Wilson: “Estamos nos afogando em informações e famintos por sabedoria.” 
Queremos, mas não temos foco e por isso acabamos como em um labirinto procurando a saída

segundo, Bauman não temos tempo de transformar e reciclar fragmentos de informações variadas numa visão, em algo que podemos chamar de sabedoria. A sabedoria nos mostra como prosseguir. Como o grande filósofo Ludwig Wittgenstein dizia: “Compreender é saber como seguir adiante.” E é isso que estamos perdendo. Não sabemos como prosseguir.
O maior problema do país e não estar orientado de forma suficiente para saber encontrar o caminho que terá a saída correta, que trará de volta a esperança que no séc XX existia, mesmo com toda a turbulência e escassez que se vivia. Atualmente, os recursos são maiores, no entanto as ferramentas são utilizadas de forma desproporcional. se não há uma igualdade não se equilibra uma balança, e assim está o país desigual e tentando equilibrar-se.
E nós brasileiros o que estamos fazendo para que esta finalidade mude seu estado de liquidez? Criticamos uns aos outros, mas aceitamos o desproporcional, mesmo que de forma inconsciente. Precisamos estar dispostos a refletir sobre toda problemática que o séc. XXI vem sofrendo, e assumirmos primeiramente nossa parcela e participação nesta falta de conscientização.


O vídeo da entrevista do jornalista Marcelo Lins com o sociólogo Zygmundo Bauman

esta disponível em https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=43007 acesso em 20/05


domingo, 16 de abril de 2017

O que é ser reflexivo?

“o que é ser reflexivo?” 

Professora — Luciane Stepanski— UFRGS— PEAD eixo V

Esta pergunta não é simples de ser respondida, e foi feita na interdisciplina Seminário Integrador V— orientado pela professora— Simone Charczuc. Digo que certamente poderia escrever um livro tentando respondê-la; e mesmo assim com base nas diversas pesquisas que obviamente teria que fazer, ainda assim infinitas seriam as possibilidades de respostas, no entanto me atrevo humildemente contribuir com minha reflexão sobre o assunto.
Conforme Alarcão (1996), refletir para agir autonomamente parece ser uma das expressões-chave no contexto educativo internacional deste final do século XX. 
 Para refletir, inicialmente penso que devo ter consciência disso, que sou “eu” quem irá refletir, me torno autônomo do pensar. Não é o outro que irá refletir por mim, posso até ouvir, ler, sentir as ideias que me tem a passar; mas irei conduzir o meu pensar– buscarei ferramentas para entender– para chegar a uma certeza. Deixarei a curiosidade ingênua, que é passageira e entrarei em exercício constante da minha própria reflexão. Irei questioná-la; irei criticá-la. Irei ultrapassar o que consigo meramente descrever e passarei a perceber o quanto o aprofundar deste exercício– me faz estabelecer uma mudança intensa e reflexiva no desenvolvimento de uma trajetória reflexiva– porque envolve a prática dela com a teoria pesquisada. 
As experiências do outro, passam a serem moldadas pelas minhas; as minhas expectativas e anseios vão tomando forma e ocupando um espaço único e concreto, na medida em que vou desenhando o meu pensar, ele vai ganhando espaço para uma imagem mais nítida, deixando de ser abstrato para ser concreto e se tornar real, quando me torno protagonista, me torno autor dos meus pensamentos.
Segundo Alarcão, ser dogmático é um indivíduo que aceita determinada coisa como verdade absoluta e não abre espaço para discussões.
Sermos autônomos é não ser dogmático é questionar a si mesmo e suas próprias convicções e teorias. Holec (1979) discute o fato de autonomia ter associação com a liberdade, porque ser autônomo é ter liberdade para gerenciar sua própria aprendizagem e com isso ser capaz de uma autoavaliação. É refletir sobre o que se aprende, mas também sobre o que se ensina, isto é, ser responsável por seus atos e estar consciente das consequências.
Flávia Vieira (1994) define como: enfoque no sujeito, enfoque nos processos de formação, problematização do saber e da experiência, integração teoria e prática, introspecção metacognitiva. É se reeducar, transcender ao conhecimento, estar disposto a se desconstruir para novamente se construir, estar num processo constante de mudanças.
Acredito que manter a mente em constante trabalho é algo inerente ao ser humano, porém ter consciência das etapas deste trabalho e conseguir administrá-lo é uma forma de refletir e só então ter autonomia para conduzir o pensamento. Estar disposto a duvidar e desacreditar de coisas que a mente gerencia, e se tornar administrador do próprio pensamento é uma forma inteligente e desafiadora para todos que se dispõem a refletir.

Referências Bibliográficas
ALARCÃO, Isabel (Org). Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão.
Editora Porto, 1996. (Coleção CIDIne).
BOFF, L. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PESQUISADORES NO CURSO DE PEDAGOGIA
A DISTÂNCIA DA UFRGS: um estudo de caso. (tese de doutorado em elaboração)
DEWEY, J. How we think. In: LALANDA, Maria C.; ABRANTES, Maria M. O conceito
de reflexão em J. Dewey. Portugal: Porto Editora, 1996. cap. 2, p. 41-61.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996
DEWEY, J. How we think. In: LALANDA, Maria C.; ABRANTES, Maria M. O conceito
de reflexão em J. Dewey. Portugal: Porto Editora, 1996. cap. 2, p. 41-61.


domingo, 9 de abril de 2017

"Refletindo com Gadotti o tema Escola e professores autônomos."


Professora- Luciane Stepanski- UFRGS- PEAD- eixo V- refletindo sobre autonomia

Segundo Gadotti, reformas curriculares e regimentos comuns acabam salientando os mecanismos de dominação e subordinação de pessoas e instituições a burocracias incrustadas há anos no poder do Estado sem nenhuma capacidade de renovação. Para o autor, uma escola autônoma é aquela capaz de resistir ao poder instituído e, ao mesmo tempo, de instituir novas relações sociais.
Observando e refletindo sobre a realidade vivida em sala de aula percebe-se que nós (professores) não podemos seguir um padrão engessado de normas, porque cada turma tem suas características e alunos que aprendem de formas diferenciadas e em tempos diferentes. É de extrema importância, sim, estar disposto a aprender e renovar-se, perceber qual o público que possuímos em sala de aula e buscar formas de atingi-lo. Para isso não é preciso muito: apenas estar atento ao que nos cerca e como nossos alunos reagem à nossas aulas. A curiosidade do olhar, a vontade de estar ali, e mais ainda, em permanecer ali... É preciso ouvi-los; e também fazer uma autoanálise de nossa postura pedagógica, isto é, perceber as falhas, os acertos e estar dispostos (as) às mudanças.


domingo, 2 de abril de 2017

PEAD 2017- Projeto Pedagógico em ação!

Dia 27 de Março, iniciamos mais um semestre do PEAD no Campus do Vale. Segue abaixo a foto que registra nosso retorno à UFRGS com grande satisfação, tivemos a abertura deste encontro marcado pela presença das professoras Simone Charczuc, Liliane Passerino e Aline Reis