A compreensão de mundo através da linguagem, levando em consideração todo o contexto social de cada um e também a interação com os colegas nas propostas pedagógicas sempre de forma investigativa dão suporte a um ensino de qualidade para adultos, porque os fazem adquirir autonomia e reflexão nas atividades que estão realizando.
A alfabetização de adultos é muito importante, pois deve ser levado em consideração todas as dificuldades que esta pessoa passou por não ter conseguido ser alfabetizada. É preciso ter um cuidado e respeito para com cada um, pois a vontade e interesse deles dependem muito disso
Paulo Freire (1971) enfoca a importância do processo de aprendizado por meio de palavras geradoras que são extraídas da realidade, do cotidiano e das vivências dos alunos, sendo decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.
Sua proposta está estruturada em três etapas: investigação (interação do docente e educando com o mundo; tematização: consciência do mundo vivido; problematização (transformação crítica do contexto vivido).
A partir dos vídeos propostos pela interdisciplina fomos contemplados de forma real como estas três etapas se concretizaram na alfabetização de adultos, seus anseios, conflitos, suas superações e por fim a grande satisfação em estar alfabetizado
A proposta de Freire parte do estudo contextual da realidade de cada aluno, neste sentido surgem os Temas Geradores, extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Os conteúdos de ensino são resultados de uma metodologia dialógica. O importante não é transmitir conteúdo específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados fora do contexto social do educando é considerada uma forma de depositar informações de maneira mecânica. Porque não emerge da discussão dialógica. Portanto é fundamental conhecer o aluno. Conhecê-lo enquanto indivíduo inserido num contexto social e pensar e repensar as propostas pedagógicas pois devem estar inseridas neste contexto.
Fontes:
MADRONI, Helena. Cartilha Meu Livrinho. 5ª Edição. São Paulo: Melhoramentos, 1956.
Material fotografado no acervo da Biblioteca da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Paulo Freire, Educação como prática da liberdade, 1971;
FERREIRA, Lucinete. O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar. In:____. Retratos da avaliação: conflitos, desvirtuamentos e caminhos para a superação. Porto Alegre: Mediação, 2002. p.39-61.
LUCKESI, Cipriano. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Revista Pátio, ano3, n° 12, p.11, 2000. Disponível em: Acesso em 28 mai. 2018.
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