Saviani (1999, p.54) ressalta que:
A relação entre educação e democracia se caracteriza pela
dependência e influência recíprocas. A democracia depende da
educação para seu fortalecimento e consolidação e a educação
depende da democracia para seu pleno desenvolvimento, pois a
educação não é outra coisa senão uma relação entre pessoas livres
em graus diferentes de maturação humana.
O Projeto Político –
Pedagógico elenca alguns elementos essenciais à prática da gestão democrática: Autonomia,
Participação, Clima organizacional. As instâncias colegiadas são os espaços de
representação dos segmentos da escola: discentes, docentes, pais e comunidade.
É pela utilização desses espaços, fruto da conquista da própria comunidade, que
a gestão democrática ganha força e pode transformar a realidade escolar.
Contudo, a postura pedagógica de uma escola é decisiva e precisa estar sempre
em constante observação, por isso o papel exercido pela direção é tão
relevante, porque irá administrar esta postura que deve ser democrática,
envolvendo todos que compõem e formam as opiniões escolares.
Isso inclui também outras
instâncias de ação colegiada, institucionalizadas ou não, como a Associação de
Pais, Mestres e Funcionários e o Grêmio Estudantil, pois são ferramentas
fundamentais para o aprimoramento do processo educativo e para o exercício da
democracia no interior das escolas. A diferença é que, para administrar a
escola, ele pode contar com o apoio de outras pessoas, representantes nos
colegiados, que, nas decisões essenciais e nos projetos da unidade escolar, em
seus vários níveis, demonstrem ter os mesmos interesses e objetivos.
“A
autonomia só se consegue quando todos sabem a sua real função, e para que isso
aconteça todos têm que ser sabedores e conhecedores da legislação vigente.”
Maria Siqueira ( articuladora do MEC nos Conselhos Escolares)
Para que haja democracia
escolar é fundamental que cada um execute o seu papel na escola, mas que também
seja capaz de auxiliar o outro, e para isso é necessário ter um conhecimento
mais amplo para que se possa opinar, criticar, refletir, ter autonomia de
buscar soluções e tornar-se participativo não só no que lhe é atribuído, mas
entender que o todo também faz parte de sua função como cidadão em busca de
democracia.
Referência Bibliográfica
Artigo elaborado para o
Curso de Extensão GESTÃO DEMOCRÁTICA: da avaliação ao planejamento
participativo nas Escolas Estaduais do RS. UFRGS, Porto Alegre 2017. Disponível
em
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2022646/mod_resource/content/1/Espa%C3%A7os%20de%20Gest%C3%A3o%20Democr%C3%A1tica%20na%20Escola%20P%C3%BAblica.pdf – acesso em 23 de jun. de 2017
Gestão
em foco- Conselho Escolar disponível em https://www.youtube.com/watch?v=gQM4NrMeBS4
– acesso 24 de jun. de 2017