sábado, 7 de janeiro de 2017

Autonomia- Reflexão



ESCOLA, PROJETO PEDAGÓGICO E CURRÍCULO- TURMA H (2016/2).
Professores: Rosane Aragon; Silvana Corbellini; Credine Silva de Menezes.
Tutora: Carla Carvalho
Aluna acadêmica: Luciane Stepanski- 270891

Refletindo com os colegas o material disponibilizado para esta atividade, bem como minha experiência como professora, aluna e ser humano. Faço algumas considerações sobre a questão da “autonomia”:

A autonomia não só no âmbito da educação como em todo o processo evolutivo humano é fundamental. Como um indivíduo pode sobreviver em uma sociedade se não houver respeito e principalmente capacidade para decidir sobre o que é certo ou errado, tanto quanto ao que é verdadeiro ou falso?

No entanto, não é tão simples assim, para conseguir esta autonomia é necessário conviver, e aprender dentro desta convivência a construir junto aos demais; uma democracia, uma possibilidade em participar de forma construtiva na melhoria das condições de vida de todos.  Piaget dedicou grande parte de sua vida a explicar “como é possível ao homem alcançar o conhecimento”. [...] não são inatas o que existe no genoma, são possibilidades da espécie humana, as quais poderão ou não ser concretizadas. Para que se concretizem segundo PIAGET (1988) é necessário que ocorram trocas no meio físico e social, sendo essas trocas, portanto, propriamente falando “formadoras”.

Nesta concepção, que venho chamar atenção para nós como professores, porque acredito que ser autônomo não é ser individualista, e sim, de forma conjunta obter espaço para explanar opiniões, divulgar ideias e ter poder de argumentação com base em evidencias para tentar melhorar o que precisa ser melhorado, dar continuidade ao que vem dando certo e sim, mudar e ajudar na percepção do que necessita ser mudado.

Para BOVET (1912) uma ordem dada- ordem aceita para quem recebe, neste sentido para que seja aceita são necessários respeito e prestígio em relação àquele que recebe em relação a quem executa.

Nesse sentido, penso que nem toda ordem será aceita partindo do princípio da autonomia, mesma que haja respeito e prestígio. Na autonomia haverá um conjunto de reflexão primeiramente, para saber se tais regras impostas estão de acordo com o benefício mútuo de todos os agregados e se não irá prejudicar demais envolvidos, bem como e os que de certa forma não estão envolvidos, mas que poderão ser afetados

 "Autonomia é a capacidade de tomar decisões em dois campos. No campo moral, refere-se a decidir entre o que é certo e errado. No campo intelectual, é decidir o que é verdadeiro e o que não é verdadeiro, levando em consideração fatos relevantes, independentemente de recompensa e punição." (Jean Piaget).

PIAGET (1922) também nos contempla com a reflexão:

“A autonomia só aparece com a reciprocidade, quando o respeito mútuo é bastante forte para que o indivíduo experimente a necessidade de tratar os outros como ele gostaria de ser tratado.”


A questão de ser “empático” é uma forma de autonomia que consiste em tomar a decisão de entender a posição de seu semelhante o que lhe afeta para suas atitudes, buscar compreender e de forma sensata auxiliar para uma construção interna. Não podemos mais fugir da construção como um todo, mas de forma compartilhada, cada professor pode de forma participativa auxiliar o seu semelhante. E se torna responsável pelo sucesso ou fracasso de seu colega. É preciso união: uma união em relação aos mesmos objetivos. Ela perpassa a escola e chega até o âmbito familiar dos educandos, vai ser executada de todas as formas de convivência para melhorar a educação. É sentar juntos não para criticar um ao outro, ou ao aluno, ou pais e familiares. É encontrar juntos: a raiz do problema. E de forma que agregue encontrar possíveis soluções para haja a finalidade do que todos almejam: a melhora na educação.

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