Reflexões sobre os conceitos do
desejo de saber, transferência e contratransferência e suas repercussões na sala
de aula.
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Há escolas que são
gaiolas e há escolas que são asas.
“Escolas que são gaiolas existem para que
os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob
controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros
engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos
pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que
elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.
Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos
pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.” Rubem Alves.
O desejo de saber já nasce na criança, no
entanto o fascínio pela aprendizagem vem do despertar promovido pelo professor,
exatamente pelo fato do educando ter que abrir mão de tudo que lhe envolve, que
lhe dá prazer, é que o professor precisa ser investigador, dessa forma poderá
orientar o aprendizado de forma que o desejo de aprender permaneça.
O fato de haver transferência e
contratransferência em sala de aula é comum, porque existe um convívio diário,
que se relaciona com o contexto histórico, a convivência faz inserção de
cultura, existe troca de energia, troca de olhares, implica curiosidade,
proporciona o conhecer. E muitas vezes, por não ter o mesmo tipo de atenção e
carinho em outros ambientes, a criança acaba tendo um olhar mais voltado para a
questão familiar, seja num professor, ou colega de escola. O educador por sua
vez, com toda a convivência diária se envolve preocupando-se com seus alunos,
assim mesmo como um ente familiar, tudo que lhes causa dor e tristeza o faz
querer mudar este quadro, podendo levá-los a uma solução, ou ao menos tentar
resolvê-la.
No texto "O Mestre do
Impossível" há evidências dessa transferência entre professor x aluno e
vice-versa, vir da admiração, de uma identificação, que está relacionada com a
questão da socialização, esta questão reflete-se através do paradigma
psicanalítico tão bem fundamentado na teoria freudiana e concretizado nas
reflexões de diversos pensadores.
“Quando se admira um mestre, o coração dá
ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe. Saber o que
ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele. Aprendo porque amo, aprendo
porque admiro” (Rubem Alves, 2004).
Acesse também meu blogger com minhas poesias:http://www.pensopoemalustepanski.blogspot.com.br/
Colega, sua publicação foi produtiva. Começou com o poema, que está contextualizado com o tema da postagem. Sua contribuição junto com apoio teórico complementou o texto. Ficou uma publicação curta e enriquecida. O título é interessante e atrai o leitor a continuar lendo. Foi muito enriquecedor seu artigo.
ResponderExcluirObrigada colega Tânia por suas considerações e visita ao meu blogger!
ResponderExcluirA busca e o aperfeiçoamento é algo constante nesta caminhada, fico lisonjeada com seu comentário, que aumenta ainda mais a vontade de atingir uma boa qualidade em minhas postagens!
Olá Luciane!
ResponderExcluirTua postagem, no meu entendimento, é qualificada e iniciou com uma linda poesia, a qual introduziu a tua escrita.Considero que apresentastes um texto produtivo com embasamento teórico adequado.
Usou o recurso da escrita na cor rosa para evidenciar a tua produção.Sugiro, se possível, complementar com algumas imagens.Finalizando, verifiquei que teu blog está muito interessante e enriquecedor.Parabéns!!
Obrigada colega Marisa Kriese! Sua sugestão é bem produtiva, pois quanto mais recursos mais podemos atingir nossos objetivos vou aderir mais imagens em minhas postagens, aliás já estou fazendo: muitas vezes as imagens possibilitam uma interpretação além da escrita, obrigada pela dica!
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