segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Reflexões sobre os conceitos do desejo de saber, transferência e contratransferência e suas repercussões na sala de aula.


Curso de Graduação em Pedagogia – Modalidade Ensino à Distância
Interdisciplina: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I 
Professoras: Ana Maria de Barros Petersen; Luciane Magalhães Corte Real e Tania Beatriz Iwaszko Marques
Tutores: Clarissa Hass; Micheli Wink e Percio Schimitz

 




Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

     “Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.” Rubem Alves.

     O desejo de saber já nasce na criança, no entanto o fascínio pela aprendizagem vem do despertar promovido pelo professor, exatamente pelo fato do educando ter que abrir mão de tudo que lhe envolve, que lhe dá prazer, é que o professor precisa ser investigador, dessa forma poderá orientar o aprendizado de forma que o desejo de aprender permaneça.
     O fato de haver transferência e contratransferência em sala de aula é comum, porque existe um convívio diário, que se relaciona com o contexto histórico, a convivência faz inserção de cultura, existe troca de energia, troca de olhares, implica curiosidade, proporciona o conhecer. E muitas vezes, por não ter o mesmo tipo de atenção e carinho em outros ambientes, a criança acaba tendo um olhar mais voltado para a questão familiar, seja num professor, ou colega de escola. O educador por sua vez, com toda a convivência diária se envolve preocupando-se com seus alunos, assim mesmo como um ente familiar, tudo que lhes causa dor e tristeza o faz querer mudar este quadro, podendo levá-los a uma solução, ou ao menos tentar resolvê-la.
     No texto "O Mestre do Impossível" há evidências dessa transferência entre professor x aluno e vice-versa, vir da admiração, de uma identificação, que está relacionada com a questão da socialização, esta questão reflete-se através do paradigma psicanalítico tão bem fundamentado na teoria freudiana e concretizado nas reflexões de diversos pensadores.

    “Quando se admira um mestre, o coração dá ordens à inteligência para aprender as coisas que o mestre sabe. Saber o que ele sabe passa a ser uma forma de estar com ele. Aprendo porque amo, aprendo porque admiro” (Rubem Alves, 2004).


Acesse também meu blogger com minhas poesias:http://www.pensopoemalustepanski.blogspot.com.br/

4 comentários:

  1. Colega, sua publicação foi produtiva. Começou com o poema, que está contextualizado com o tema da postagem. Sua contribuição junto com apoio teórico complementou o texto. Ficou uma publicação curta e enriquecida. O título é interessante e atrai o leitor a continuar lendo. Foi muito enriquecedor seu artigo.

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  2. Obrigada colega Tânia por suas considerações e visita ao meu blogger!
    A busca e o aperfeiçoamento é algo constante nesta caminhada, fico lisonjeada com seu comentário, que aumenta ainda mais a vontade de atingir uma boa qualidade em minhas postagens!

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  3. Olá Luciane!
    Tua postagem, no meu entendimento, é qualificada e iniciou com uma linda poesia, a qual introduziu a tua escrita.Considero que apresentastes um texto produtivo com embasamento teórico adequado.
    Usou o recurso da escrita na cor rosa para evidenciar a tua produção.Sugiro, se possível, complementar com algumas imagens.Finalizando, verifiquei que teu blog está muito interessante e enriquecedor.Parabéns!!

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  4. Obrigada colega Marisa Kriese! Sua sugestão é bem produtiva, pois quanto mais recursos mais podemos atingir nossos objetivos vou aderir mais imagens em minhas postagens, aliás já estou fazendo: muitas vezes as imagens possibilitam uma interpretação além da escrita, obrigada pela dica!

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