E se não houvesse a voz?

Na charge temos o humor, mostrando as vantagens de se comunicar com a língua de sinais, mas a verdade é que todo ser humano deveria utilizar de todos os recursos possíveis para sua comunicação, aprender a escrever com a mão esquerda quem é destro, e com a mão direita quem é canhoto. Muitas vezes a vida nos prepara surpresas das quais não estamos preparados, acredito que ter mais uma língua é enriquecedor, assim como ampliar nossas habilidades.

O mundo está cheio de desigualdade social, mas ainda a pior de todas é a falta de respeito e descaso com o próximo. Por que não estamos habilitados a participar da inclusão dos surdos? O que nos diferencia deles? Por que nossa língua não comporta os sinais? Me preocupa este descaso, pois existem pessoas maravilhosas e com ideias fantásticas para contribuírem com nosso crescimento pessoal. Existem aplicativos que podemos utilizar para nos inteirar da língua dos sinais, bem como cursos que nos ensinam, este mundo mágico em que corpo, mente e expressão facial estão envolvidos.

Você já imaginou se não pudesse ser compreendido?

Curso de Graduação em Pedagogia – Modalidade Ensino à Distância Interdisciplina: Libras Professoras: Bianca Ribeiro Pontin; Cristiano Pereira Vaz; Juliana de Oliveira. Tutoras: Micheli Wink

"O que você pensa se o mundo não falasse uma língua igual a tua?

Se sentiria excluído se não tivesse acessibilidade????"

Na interdisciplina de Libras me deparei com essa reflexão:

A perspectiva de imaginar essa hipótese é excelente, pois dessa forma podemos ter empatia com relação à cultura surda, de forma reflexiva. Sim, consigo imaginar os problemas que teria que enfrentar as dificuldades e o tamanho da exclusão social a ser vencida. Querer ser compreendida e não obter êxito, e o pior não ter o contato social, sentir-se isolada. Teria que me adaptar de forma a tentar lutar por meu espaço. Conseguir me destacar nas minhas atividades diárias, ter superação para obter os meus resultados. Mostrar que uma língua não pode ser o motivo de afastamento das pessoas e sim de aproximação, afinal tenho algo a ensinar, a acrescentar. Posso inserir um pouco da minha cultura para com as outras pessoas. O mesmo acontece com os surdos, possuem uma língua diferente e não conseguem ser compreendidos, a não ser que haja interação e aprendizagem do outro com sua comunicação.

Eu me sentiria excluída, por que sei que isso iria ocorrer de forma inicial, no entanto eu iria em busca do meu espaço, e certamente encontraria muitas barreiras, porém usaria elas como degrau para continuar minha caminhada. Também seria meu dever acrescentar à sociedade a conscientização da gravidade em excluir as pessoas com dificuldades de acessibilidade.

Portanto, acredito que existe um diferencial na vida das pessoas com dificuldades de acessibilidade, claro em todo caso tem suas exceções, mas pelo que percebo no contato que já tive com pessoas que necessitam destes maiores recursos, são pessoas que têm muito a acrescentar na sociedade, possuem uma história de vida que merece ser ouvida, pois são exemplos de superação, determinação, coragem e sabedoria.